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Moniliophtora perniciosa FISIOPATOLOGIA

A infecção tem início quando os  basidiósporos  germinam e  penetram no tecido meristemático e  vagens da planta originam assim o estágio biotrófico da  colonização. Com isso, ocorre uma hipertrofia ou hiperplasia das células hospedeiras. Esse intumescimento leva  a  parte atingida  a  ter uma  aparência  de  uma  vassoura ­de ­bruxa. Essas  vassouras,  quando jovens,  têm uma  coloração verde,  mas  morrem com 1 a 2 meses dando uma coloração marrom as árvores  infectadas,  devido a  necrose  ocasionada  pela  colonização (estágio saprofítico). A infecção mais grave ocorre nas flores jovens e nos frutos que estão no tronco (Figura 1). Como o fungo responsável pela infecção que leva  a  vassoura de bruxa  acomete  plantas  em desenvolvimento, somente  a  utilização de fungicidas  não apresenta  efetividade  ficando o controle  biológico como alternativa  estratégica para  o combate  a  propagação da  vassoura ­de ­bruxa (GRIFFITH et al., 2003; RUBINI et al, 2005; PEREIRA, 1990).

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Estas  desordens fisiológicas  são frequentemente causadas  pela  liberação, dentro da  célula, de grande quantidade de compostos fenólicos, etilênicos, açúcares solúveis e taninos,  levando a  morte  celular ou alterações  no balanço hormonal (ODJAKOVA;  HADJÃœVANOVA, 2001;  SCARPARI et  al., 2005).  A  expressão de  enzimas  que  levam a  formação de etileno está associada  com a necrose que ocorre  nas  folhas.  Inicialmente  acontece  a  liberação de  etileno com posterior necrose;  estudos  relatam que  a emissão de  etileno está  associada  com hipertrofia (ORCHARD  et  al,  1994),  degradação da  clorofila  (TREBITS; GOLDSCHMIDT; RIOV, 1993), e epinastia da folha, achados estes que ocorrem
durante a interação do M. perniciosa/cacao (GARCIA et al, 2007). 



Na fase  biotrófica  o fungo necessita dos tecidos vivos  do hospedeiro, direcionando o metabolismo catabólico da  planta para  as  suas necessidades  básicas,  como nutrição,  crescimento e  desenvolvimento do micélio (SCARPARI et al., 2005;  KILARU,  HASENSTEIN, 2005). Carboidratos específicos  possuem um papel importante  na mudança  da fase biotrófica para a fase saprofítica, pois o fungo ao impedir o movimento preferencial  destes carboidratos das partes saudáveis da planta para as regiões infectadas, leva Ã  necrose  rápida dos tecidos, tanto por inanição como por resposta de defesa da planta, já que esta tende  a alterar sua fisiologia liberando dentro da célula grande quantidade de compostos fenólicos,  etileno,  açúcares  solúveis e  taninos levando a célula à  morte  (ODJAKOVA, HADJÃœVANOVA, 2001; SCARPARI et al., 2005; GALANTE, 2008). 

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Adicionalmente,  estudos das vias de sinalização entre planta­patógeno mostraram que  carboidratos possuem um papel  importante  na  mudança  da fase  biotrófica  para  a  fase  saprofítica  do fungo (SCARPARI  et al., 2005).  Observa-se também que  espessamento da  parede celular pode provocar o adensamento da cutícula, e esta servir como sinalizador para o fungo reconhecer o hospedeiro (SANTEN, 2007). 

Classificação Cientifica

O fungo M. perniciosa  pertence à divisão Eumycota, subdivisão Basidimycotatina, ordem agaricales  e  família  Tricholomataceae (LANA, 2000).

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